terça-feira, 29 de julho de 2008

Dilma: agricultura familiar é estratégica para biodiesel

A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse hoje que a inauguração da unidade de biodiesel da Petrobras em Candeias, na Bahia, encerra uma primeira etapa de implantação do programa no Brasil, que durou quatro anos e meio. "Em 2003 houve a determinação, reunida com vontade política, de inserção do biodiesel na matriz energética. De lá para cá fizemos mais do que a Alemanha fez em 20 anos nesta área", disse, lembrando que hoje o Brasil já ocupa a terceira posição em produção de biodiesel, atrás apenas dos Estados Unidos e da Alemanha.

Ela ressaltou o fato de que a determinação relacionada ao biodiesel não foi somente a sua inserção na matriz energética, mas sim sua função social, "em que a força do programa tem que estar na agricultura familiar". "A agricultura familiar é estratégica porque tem capacidade de produção descolada do mercado internacional, e pode produzir alimento e energia, gerando recursos e renda para milhões de brasileiros", afirmou.

Segundo a ministra, com o encerramento desta etapa, inaugura-se uma nova fase, que é mais ambiciosa, de tornar o País líder na tecnologia de produção de biocombustíveis a partir de resíduos, e não somente com base na matéria-prima como é hoje. "Temos que generalizar a produção de energia com base na agricultura familiar, buscando 60% até 70% da produção com base neste tipo de atividade agrícola, para termos a certeza de que essa produção não vai ser infectada pelos preços internacionais de oleaginosas. E garantir que o Brasil tenha condições de melhorar a renda desses trabalhadores", disse.

Ela ainda lembrou que o Brasil busca a produção do biodiesel não porque está faltando petróleo. Pelo contrário, "produzimos biodiesel ao mesmo tempo em que nos tornamos donos de uma das maiores reservas mundiais (de petróleo)", disse a ministra, citando a camada pré-sal. "Estamos produzindo biodiesel porque temos a convicção de que o combustível renovável pode servir para que as populações do mundo - especialmente a África e a Ásia - possam ter alimento e energia conjuntamente. Estes dois pontos são fundamentais neste século: segurança alimentar e energética. E o Brasil prova que nós não só trataremos da emissão de poluentes e segurança climática, mas oferecemos eficaz instrumento de combate à fome e à falta de energia".


Kelly LimaPortal Exame, 29/07/08


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