segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Conferência de Saúde rejeita a legalização do aborto no país

Evandro Éboli
Publicado pel'
O Globo Online em 19/11/07

Delegados votam durante a plenária final da 13ª Conferência Nacional de Saúde, em Brasília

Após forte pressão de setores da Igreja Católica, a maioria dos cerca de 2,7 mil delegados da 13ª Conferência Nacional de Saúde rejeitou, na manhã deste domingo, a proposta de apoio a projeto de lei que legaliza o aborto no país. O Ministério da Saúde saiu derrotado. O governo apoiou, na conferência, a descriminalização do aborto. A proposta havia sido aprovada em sete das dez plenárias na última quinta-feira, mas o resultado não se confirmou no plenário.

Mais organizados, os católicos ocuparam os lugares estratégicos à frente da mesa que dirige os trabalhos. A votação se dava com levantamento dos crachás de cada um dos delegados. A proposta rejeitada diz o seguinte: "Assegurar os direitos sexuais e reprodutivos, respeitar a autonomia das mulheres sobre seu corpo, e a questão do aborto, reconhecendo-o como problema de saúde pública e discutir sua descriminalização por meio de projeto de lei".

Para Clóvis Boufleur, da Pastoral da Criança, entidade contrária ao aborto, a decisão da conferência foi uma "vitória da sociedade", que, segundo ele, é contrária a descriminalização. O diretor de Ações e Programas Estratégicos do Ministério da Saúde, Adson França, que defendeu a proposta no encontro, afirmou que não reconhecer o aborto como um grave problema de saúde pública é "hipocrisia".


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