sexta-feira, 19 de março de 2010

Ricardo Young deixa a presidência do Ethos

O empresário se desliga da presidência da organização para participar das próximas eleições. Oded Grajew, presidente emérito do Instituto Ethos, assume o cargo e Paulo Itacarambi prossegue como vice-presidente executivo.


Em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (17/3), o Instituto Ethos informou que Ricardo Young se desligou da presidência da entidade. O afastamento decorre de sua decisão de participar das próximas eleições como candidato. “As forças que estão tornando possível a candidatura de Marina Silva para a Presidência da República consideraram que meu nome seria adequado para concorrer ao Senado por São Paulo. Eu decidi aceitar esse desafio e começo os entendimentos com o Partido Verde esta semana”, informou.

Young será substituído na função por Oded Grajew, presidente emérito do Instituto Ethos e coordenador do Movimento Nossa São Paulo. “O Oded assume o cargo atendendo a convite dos conselheiros do Ethos”, afirma Sérgio Mindlin, presidente do Conselho Deliberativo.

“O Ethos é uma entidade não partidária, composta por participantes com diferentes visões e orientações políticas, que devem ser respeitadas. É natural, portanto, que, ao decidir concorrer por determinado partido, o Ricardo tenha se afastado da direção”, disse Grajew, que considera a candidatura de Young muito positiva: “Para nós, quanto mais gente identificada com o movimento de responsabilidade social e sustentabilidade participar das atividades políticas do país tanto melhor. Nosso objetivo principal é a construção de uma sociedade justa e sustentável”.

O fato de Young ter resolvido candidatar-se foi uma decisão pessoal, de acordo com Paulo Itacarambi, vice-presidente da organização. “O Ricardo optou por um partido, uma candidatura. Já o Instituto Ethos continua a trabalhar em todas as frentes e também com todos os candidatos que queiram ouvir nossas propostas”, esclareceu.

O apartidarismo adotado pelo Ethos lhe dá liberdade para defender iniciativas que estejam de acordo com os princípios da organização. “Não é por uma questão moral apenas, mas para permitir o cumprimento da nossa missão”, afirmou Grajew. “O que nos move é o interesse público. Cobramos transparência tanto na gestão das empresas quanto na gestão pública, inclusive no processo eleitoral”, complementou.

Para Young, que nunca antes havia se filiado a um partido e pela primeira vez aceita candidatar-se a um cargo político, não dá para se omitir da política. “Se mais pessoas com princípios éticos deixarem de participar diretamente do processo, o espaço será ocupado cada vez mais por indivíduos não comprometidos com o bem público, mas apenas com interesses pessoais”, afirmou.


Benjamin S. Gonçalves, do Instituto Ethos
Envolverde,18/03/10
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