quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Neogama cria para Festival de Diversidade Sexual



Agência aposta no conceito "Nem todo filme consegue ser como gostaria" em peças para rádio, anúncios, material promocional e cinema

Conceito estará em peças para rádio, anúncios, material promocional e cinema
A 17ª edição do Festival Mix Brasil da Diversidade Sexual, que começou na quinta-feira 12 e vai até o dia 22 deste mês, em São Paulo, teve todo o seu projeto de comunicação desenvolvido pela Neogama/BBH, que assina o conceito "Nem todo filme consegue ser como gostaria".

O trabalho tem na criação Fábio Astolpho, Eduardo Andrietta e Paulo Lemos e direção de criação de Márcio Ribas e Wilson Mateos, com produção da Mixer. O trabalho da produtora e da agência é voluntário.

O projeto de mídia contempla dois filmes de 30 segundos, com produção da Mixer, spots, anúncios, material promocional e ações em cinema, com três gravações de 15 segundos, que parodiam as vinhetas dos conhecidos estúdios 20th Century Fox, Dreamworks e Pixar.

Todo o material é veiculado, também de maneira voluntária, pelos veículos de comunicação. O projeto terá grande divulgação na TV fechada e nas principais emissoras de TV aberta, exceto a Rede Globo, que não chegou ao um acordo para esta edição. Além disso, os cinemas Unibanco, Frei Caneca, Belas Artes e CineSesc divulgaram as paródias dos estúdios antes das suas sessões.

Eduardo Andrietta, redator da Neogama, explica que a criação do conceito partiu do princípio que muitos sucessos do cinema carregavam originalmente em seus roteiros uma temática gay, que foi censurada pelos grandes grupos no meio das suas produções. Produções como Batman & Robin são apontados como filmes que seriam gays", exemplifica.

As peças desenvolvidas para o Festival, em que todos os roteiros são gays, mostram que uma simples troca de palavras pode transformar uma fala gay em hetero.

Um dos comerciais da campanha traz o cenário de uma festa de Hollywood na década de 1950. Nele, um jovem roteirista tenta vender para o produtor a história de dois super-heróis fortes, bonitos, ricos, que usam roupas coladas, tem fetiche por morcegos e são assumidamente gays. O roteiro é aprovado pelo produtor, menos a parte da homossexualidade, o que explica a criação do conceito "Nem todo filme consegue ser como gostaria".

Outra peça apresenta três caras trabalhando em um escritório à noite, escrevendo um roteiro em que duas mulheres deixam tudo para trás e caem na estrada para viver seu amor. Um dos escritores vira e continua a narrativa afirmando que elas se envolvem involuntariamente em um crime, são perseguidas pela polícia e, como única solução, optam por lançar o carro de um precipício. Uma clara referência ao filme Thelma& Louise.


Aline Bellatti Küller
Meio & Mensagem Online, 16/11/09


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