quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Fundo Cristão para Criança faz campanha para apadrinhamento


Oportunizar um futuro melhor e mais digno para crianças e adolescente em situação de risco social. É este o objetivo principal do Fundo Cristão para Crianças - CCF, entidade fundada pelo americano Calvitt Clarke e por sua esposa Helen. Em 1938, a casal viajou para a China com o intuito de ajudar as crianças órfãs, por consequência da guerra sino-japonesa. A ajuda era possível por meio de recursos enviados por amigos americanos. Assim, em um cenário de luta e esperança nasceu o sistema de apadrinhamento.

Em 1966 foi inaugurado o primeiro escritório do FCC na América Latina, com sede em Belo Horizonte (MG). A intenção era atender crianças e adolescentes na Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru e Uruguai. Na década de 70, após algumas mudanças na agência de desenvolvimento infantil do Brasil, foram instalados escritórios nacionais nos demais países da América do Sul. Atualmente, o CCF tem cadastradas, em seu sistema, cerca de 85 mil crianças de todos os lugares do mundo.

O Fundo chega às regiões mais carentes para desenvolver programas nas áreas de educação, saúde, segurança alimentar e nutricional, desenvolvimento comunitário e conscientização sócio-ambiental. Antes de se estabelecer é feita uma pesquisa para saber se a comunidade escolhida se organiza de alguma forma, seja por meio de uma ONG, organização de bairro ou associação comunitária. Caso não exista nenhuma forma de organização o FCC estimula a criação de um grupo que possa receber e administrar os recursos. Antes de começar a funcionar a todo vapor, o grupo precisa mapear as necessidades da comunidade.

"Não é só dar o peixe ou ensinar a pescar, o importante é ensinar a vender este peixe". É dessa forma que Rodrigo Leite, coordenador de marketing do FCC, explica o trabalho que é feito nas entidades conveniadas. "Nós estimulamos a liderança e o desenvolvimento das pessoas para quando, futuramente, nós sairmos daquele local para ajudar outras comunidades, as pessoas possam caminhar sozinhas", complementa. Todo o trabalho de acompanhamento das crianças e suporte à comunidade é feito com recursos advindos do sistema de apadrinhamento, de parcerias e de doações espontâneas de indivíduos e empresas.

O sistema de apadrinhamento é simples e pode ajudar crianças de todo o mundo a viverem em uma situação mais digna. De acordo com o regulamento do sistema de apadrinhamento do FCC, qualquer pessoa ou empresa pode colaborar mensalmente com o valor mínimo de R$ 37,00, sem que isso implique em compromisso legal com o afilhado ou a entidade.

Logo que surge um padrinho, é beneficiada a criança que estiver em primeiro lugar na fila. De acordo com Rodrigo em alguns casos isolados o padrinho pode escolher a idade e a região onde a criança se localiza. "Alguns querem acompanhar mais de perto o desenvolvimento da criança e por isso pedem para apadrinhar alguma que more em sua cidade, no entanto, o padrão é que seja seguida a fila", explica.

As crianças beneficiadas se tornam ‘amigas de caneta’ dos seus benfeitores e passam a relatar, por meio de cartas, sua nova vida. Os padrinhos recebem anualmente um relatório do progresso da criança e podem acompanhar seu desenvolvimento. Entretanto, a qualquer momento é possível entrar em contato com o FCC para saber como a criança está.

Atualmente, das 85 mil crianças cadastradas no FCC, 66 mil estão apadrinhas, ou seja, 19 mil ainda aguardam por uma oportunidade para descobrir outra realidade de vida. "De janeiro a julho deste ano recebemos 300 novos padrinhos. Esse número é muito baixo se comparado à quantidade de crianças e adolescentes carentes cadastrados. Hoje, 55 mil estrangeiros e 9.200 brasileiros apadrinham. Mesmo com a crise os estrangeiros ainda estão mais presentes. É importante que o brasileiro possa ajudar cada vez mais", Rodrigo deixa o apelo.

Como forma de sensibilizar a população para as desigualdades sociais e estimular o apadrinhamento, o FCC realiza anualmente uma campanha nacional. Este ano, as peças publicitárias estão mostrando quanta atenção os animais de estimação ganham. Em contrapartida, milhares de crianças também precisam de assistência e amor. "Apadrinhe, ele também precisa de um melhor amigo". A frase está espalhada por outdoors em que aparece a imagem de um cachorrinho sendo tratado com todo amor e conforto. Logo abaixo, está a foto de um garoto com olhar pedindo atenção.

Segundo Rodrigo, a intenção da campanha não é que as pessoas deixem de ter um animal de estimação para apadrinhar uma criança. "Nós acreditamos que muitos querem ajudar, mas não sabem como. Queremos passar às pessoas que com muito pouco elas ‘também’ podem dar atenção a uma criança", afirma.

Até o momento a campanha vem sendo bem aceita e já atingiu 240 padrinhos. A meta é chegar a 1000.

Quem desejar apadrinhar uma ou mais crianças pode entrar em contato com o FCC pelo telefone 0300 313 2003, acessar o site www.apadrinhamento.com.br ou enviar mensagem para o e-mail apadrinhamento@fundocristao.org.br. Basta informar nome, endereço e telefones de contato. Após a contribuição da primeira parcela será efetivado o apadrinhamento. Informações sobre como é feito o controle dos recursos doados ao FCC também podem ser encontradas no site do Fundo.


redeGIFE Online, 15/08/09


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