sábado, 10 de janeiro de 2009

Na carne

Apesar da promessa de Lula de que os programas sociais do governo não sofreriam o impacto da crise, o principal ministério ligado à área, o do Desenvolvimento Social, sofreu um corte de R$ 600 milhões em seu orçamento para 2009.

"Não haverá recuo nos programas, mas talvez não seja possível expandir do jeito que gostaríamos", diz o ministro Patrus Ananias (PT). Devem ser afetados o Projovem adolescente e os programas de aquisição de alimento do Pronaf e de atenção familiar. A expansão do Bolsa Família ocorrerá "aos poucos", diz Patrus, que é carta na manga do PT para a eleição de 2010 caso a opção Dilma Rousseff (Casa Civil) não vingue.

Esperança
Patrus diz que o corte foi feito no Congresso, e não pelo governo. "A área econômica prometeu tentar recompor uma parte do que foi tirado. Sem dúvida, esse dinheiro faz falta", afirma.

Veja bem. Se depender da área econômica do governo, as emendas apresentadas pelas comissões do Senado são grandes candidatas à tesourada no decreto de contingenciamento do Orçamento que está sendo preparado. O valor dobrou de R$ 1,3 bilhão em 2008 para R$ 2,6 bilhões em 2009. Mas líderes governistas lembram que é no Senado que Lula tem sua base mais frágil.


Ranier Bragon
Folha de São Paulo, 10/01/09


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