quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Evento debate desafios do mobile marketing no País

Entre os temas do 1º Mobile Marketing Breakfast, discutiu-se a expectativa de crescimento do setor. Uma das estimativas é chegar a 20 milhões de usuários de celular com tecnologia 3G no próximo ano

Ter usuários que entendam e usem as ferramentas do celular e descobrir as melhores formas de ganhar dinheiro com o marketing na telefonia móvel são os desafios do segmento de publicidade via mobile, na opinião do diretor geral do Grupo RBS, Claudio Santos. A expectativa, segundo ele, é o setor saltar de 3 milhões em 2008 para 20 milhões de usuários de aparelhos com tecnologia 3G no próximo ano no País.

Santos foi um dos palestrantes do 1º Mobile Marketing Breakfast, evento organizado em São Paulo nesta terça-feira, 9, pelo conglomerado de comunicação gaúcho e pela agência paulistana Pontomobi, que recentemente teve 30% do capital adquirido pelo grupo.

"Uma empresa de comunicação não pode se restringir a um único ponto de contato com seu público. Hoje, a RBS está em todas as plataformas e é uma ponte entre marcas, empresas e consumidores", disse Santos. O encontro reuniu representantes de agências de diversos perfis como Y&R, MPM, Hello, Bullet, Sinc, B/Ferraz, além de anunciantes como Motorola, Visa e operadora Oi.

Na opinião de Leo Xavier, fundador da Pontomobi, existem alguns mitos que contaminam o segmento e atrapalham o desenvolvimento do mobile marketing no País. Entre eles, está a percepção errônea de que a internet móvel no Brasil é cara, ruim e lenta. "Isso já foi verdade em 1998 e 1999. Atualmente, o cenário é diferente com a realidade 3G, que oferece conexões de até 1 Mbps. E há planos a partir de R$ 9,90", destacou Xavier.

Outro mito, segundo ele, é a falta de audiência no segmento de mobile. "Temos 18 milhões de usuários de web móvel e mais de 30 milhões de novos usuários autorizando o recebimento de SMS, com profunda segmentação. É uma audiência equivalente à novela das oito". Em relação aos prazos para desenvolver campanhas para celular - via Bluetooth, torpedo de voz, hotsites, banners, vídeos interativos ou SMS- o tempo pode ser bem curto, variando de 5 a 10 dias, enfatizou. Para Xavier, as empresas devem investir em sites próprios para a ferramenta celular. "O site móvel é fundamental".

Já para Alon Sochaczewsli, sócio da agência digital Sinc, o segmento de mobile marketing necessita de um sistema de medição de audiência para fortalecer o setor. "Na internet temos o Ibope/NetRatings. No celular não existe o ranking dos sites mais acessados", afirmou, destacando que no primeiro trimestre de 2009 a Sinc irá divulgar uma pesquisa com a relação dos endereços eletrônicos mais acessados na internet móvel.

Durante o evento, foram apresentados os resultados da ação interativa do Skol Beats 2008, que aconteceu no final de setembro, e que teve formato, horário e local 100% escolhidos pelo público via internet ou mobile. Segundo Carolina Gimenes, diretora de novos negócios da B/Ferraz, organizadora do festival de música eletrônica, durante os cinco meses da ação no ar foram quase 500 mil votos, nas duas plataformas. "Precisamos levar para os clientes essas novas ferramentas e mostrar que são eficazes e funcionam. E precisamos também inovar dentro de um limite de responsabilidade com a marca", ponderou.


Andrea Martins
Meio & Mensagem Online, 09/12/08


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