sexta-feira, 19 de setembro de 2008

BT, Unicef e Bradesco se unem por inclusão digital em SP, RJ e Amazônia

Parceria envolverá criação de 30 centros de inclusão digital em São Paulo, Rio de Janeiro e região amazônica a partir deste ano

A British Telecommunications (BT), Fundação Bradesco e o UNICEF firmaram parceria pela instalação de 30 centros de inclusão digital em comunidades carentes de São Paulo, Rio de Janeiro e região Amazônica, anunciaram as empresas nesta quarta-feira (17/09).

Cada Centro de Inclusão Digital (CID) contará com um total de 10 a 15 computadores, impressora e scanner, fornecidos pela Fundação Bradesco. A BT será a responsável pela conectividade dos CIDs.

O objetivo é que crianças e adolescentes usem ferramentas tecnológicas para mobilizarem as comunidades pela garantia de seus direitos, incluindo o acesso à tecnologia. "Para cada comunidade, teremos um grupo de 5 jovens 'gestores', que passarão por uma formação nos CIDs para multiplicar o processo de inclusão digital com outras crianças e adolescentes", explica a coordenadora da UNICEF em São Paulo, Anna Penido.

Este grupo de monitores, que será o responsável pela mobilização nos centros, receberá um remuneração - não revelada - por seu trabalho, que deve durar dois anos. O UNICEF será o responsável pela capacitação destes jovens. "Daremos enfoque à profissionalização para o mercado, educação, política e direitos humanos. O programa dependerá das necessidades de cada comunidade", diz Anna.

O primeiro CID fica na sede do projeto Revista Viração, no centro da cidade de São Paulo. No local, já chegaram os computadores que, graças a parcerias, usarão softwares da Microsoft e processadores Intel, além de equipamentos de rede da Cisco, segundo Nivaldo Marcusso, Chief Information Officer (CIO) da Fundação Bradesco.

"Já instalamos banda larga via satélite, com roteadores, toda a lógica elétrica e cabeamentos para viabilizar a conexão", explica o diretor geral da BT no Brasil, Luiz Sanches.

Ao longo do projeto, o número de CIDs será dividido igualmente entre três regiões - 10 para São Paulo, 10 para o Rio e 10 para a Amazônia Legal. Cabe ao UNICEF implementar parcerias com Organizações Não-Governamentais (ONGs) e escolher os locais que abrigarão os CIDs, conta Anna.

Gisella Hichie, da Revista Viração, revela que a tecnologia é parte de uma pedagogia local muito mais ampla para a inclusão digital da comunidade. "Nós começamos a ensinar pelo corpo, como é possível conhecer a si próprio e aos outros, e vamos inserindo elementos até chegar na tecnologia", diz.

Ainda em 2008, serão inaugurados mais cinco centros de inclusão, além do localizado na capital paulistana - um ficará na região de Heliópolis, em São Paulo; dois serão levados ao Rio de Janeiro, no Complexo do Alemão e Campo Grande; e dois ao Pará.

Em todos os CIDs haverá ainda uma pessoa selecionada pela comunidade "que receberá treinamento sobre os cursos online do portal de e-learning Escola Virtual, da Fundação Bradesco, para disseminar este conhecimento", diz Marcusso.

A Fundação Bradesco investiu 30 mil reais em cada CID, enquanto a BT dedicou, tanto a este projeto quanto a outra parceria com o UNICEF, 3 milhões de reais.


Lygia de Luca
IDG Now!, 17/09/08


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