sábado, 24 de julho de 2010

Vivo replica modelo amazônico em São Paulo

Objetivo da operadora é implantar um novo modelo na forma de chegar às regiões com sua infraestrutura e incentivar formas de inclusão digital

O Parque Santo Antônio, na zona sul de São Paulo, tem mais de 500 mil habitantes e um perfil de risco: está localizado no Triângulo da Morte (Capão Redondo, Jardim São Luiz e Jardim Ângela). Conforme dados do IPVS da Fundação Seade, 17% dos moradores estão em situação de alta vulnerabilidade e 43% de média vulnerabilidade. A cada 100 mil habitantes, 34% dos jovens de 15 a 19 anos são vítimas de homicídio. Apenas pouco mais de 20% dos responsáveis pelas famílias concluíram o ensino fundamental e a renda é baixa: 73% dos chefes de família recebem menos de três salários mínimos (R$ 1.680).

Diante desse cenário, a Vivo resolveu fazer intercâmbio de experiências e trazer da comunidade de Belterra, no Pará, o processo que fez a cidade desabrochar desde o fim do ciclo da borracha: a operadora instalou uma estação radiobase (ERB) 3G no município e, em apenas uma semana, 83% da capacidade da ERB estavam ocupados, inclusive com lan houses locais a se conectar na torre de alta velocidade. Em Belterra, a Vivo se uniu a ONGs locais e forneceu 111 smartphones para conectar a outrora cidade da borracha ao mundo. Os resultados bem-sucedidos obtidos na Floresta Amazônica fizeram com que a operadora pensasse em modelos a serem replicados em outras regiões brasileiras que, como Belterra, apresentam as mais diversas dificuldades estruturais.

Assim, o mesmo processo, adaptado por conta das diferenças culturais, ocorrerá neste próximo final de semana no Parque Santo Antônio, em São Paulo: a Vivo, em parceria com a comunidade, ONGs e fornecedores como Ericsson e Motorola, fornecerá 50 notebooks conectados com 3G e 30 celulares Motorola para os líderes locais com o objetivo de incluir a região no mundo digital. Não se trata apenas de estabelecer um telecentro no local, explica o diretor de comunicação e relações institucionais da Vivo, Marcelo Alonso. E sim de estabelecer um novo modelo entre a forma como a Vivo chega com a rede 3G às localidades (tanto em comunidades como Belterra e Parque Santo Antônio quanto em outras cidades do Brasil) e de como pode usar sua própria infraestrutura de rede (conectividade) para auxiliar na inclusão digital das pessoas.

Alonso diz que, no caso do Parque Santo Antônio, a Vivo se une à ONG local Casa do Zezinho e ao arquiteto Marcelo Rosenbaum, que conduz projeto de reurbanização e reforma de uma área de cerca de 63 casas ao redor do único campo de futebol na região que é a área de lazer da comunidade para instalar a primeira biblioteca pública do espaço, para se aliar a essas iniciativas. "O telecentro será um hub de uma grande rede em que os jovens deverão aprender a desenvolver aplicativos, ser capacitados para fazer a manutenção dos notebooks e até mesmo fazer a cobertura do jornalismo esportivo dos 18 times de futebol locais do Parque Santo Antônio", afirma Alonso. A ação inicial de ativação desses projetos acontece neste domingo, 25, no Parque Santo Antônio.


Sérgio Damasceno
Meio mensagem Online, 23/07/10


2 comentários:

Marcus Colacino disse...

sim, mas o que esta sendo feito la é a aplicacao da metodologia OASIS do Instituto Elos

e disso ninguem fala :(

Anônimo disse...

E tb ninguém fala que quando a Vivo foi contactada para subsidiar aulas de Web 2.0, na mesma comunidade, está informou que este tipo de ação não estava alinhada com seus objetivos. Mas para sair bem na foto fala um monte de falácias.



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