quinta-feira, 1 de julho de 2010

Adidas faz leilão em prol da ONG de Mandela

Fabricante de material esportivo alemão, integrante do time de parceiros globais da Fifa, faz parceria com o Ebay para leiloar pinturas de craques assinadas por artistas africanos

Como transformar a paixão pelo futebol em ações concretas para combater as desigualdades sociais na África do Sul? A Adidas, integrante do time de parceiros globais da Fifa, colocou, nesta quarta-feira, dia 30, em leilão global via Ebay 32 pinturas dos principais craques de cada seleção da Copa de 2010 assinadas por algumas das celebridades africanas das artes plásticas.

Toda a renda arrecada com os quadros, inclusive as comissões que o site de leilões cobra, será revertida para a fundação 46664, ONG criada por Nelson Mandela para desenvolver ações sociais na África do Sul e batizada em homenagem ao número da cela mais famosa em que o líder africano ficou preso por 27 anos por sua luta contra o Apartheid - regime de segregação racial que ficou vigente no país entre 1948 e 1990. As peças podem ser acessadas a partir do link (clique aqui) onde será possível dar lances até o próximo dia 12.

Também estarão disponíveis pinturas de alguns craques de Copas passadas como do francês Zinedine Zidane e do alemão Oliver Kahn, ambos patrocinados pela Adidas e que autografaram suas respectivas pinturas. Uma delas mostra também Mandela, o maior responsável pelo fim do Apartheid, chutando uma bola cercado por crianças, reproduzindo uma de suas fotos mais famosas. "Ele entendia como poucos a força que o esporte tem para unir as pessoas", disse o holandês Thomas van Schaik, diretor mundial de relações públicas da Adidas e que conduziu a apresentação das telas, expostas no Sandton Convention Center, no centro de Johanesburgo.

Kaka é o representante brasileiro da coleção, onde também há uma tela pintada dias depois reproduzindo o lance em que dá passe a Luís Fabiano no primeiro gol contra a Costa do Marfim, em 20 de junho.

A polêmica em torno da Jabulani não tem tirado o humor de van Schaik. "Reclamaram da bola branca em 1970 e da sintética em 1986. Depois todos copiam, sempre foi assim", provoca. Ele comemora o fato de os cruzamentos das quartas-de-final entre Argentina x Alemanha; e Espanha x Paraguai garantirem à fabricante alemã um representante na final do próximo dia 11, em Soccer City.

Do outro lado, haverá uma seleção Nike (Brasil ou Holanda) ou Puma (Uruguai ou Gana). A liderança na artilharia em relação às marcas rivais acontece também nas chuteiras. De acordo com a Adidas, 34 gols foram anotados por jogadores que calçam a F 50, entre eles o argentino Higuain (4 gols), o alemão Miroslav Klose (3 gols) e os uruguaios Forlan e Suarez. A Nike, segundo a conta alemã, teria apenas 14 gols.

A alegria com os números vira apreensão quando perguntado sobre o jogo entre Brasil e Holanda, ambos patrocinados pela Nike. "O coração me diz venceremos se minha seleção jogar o pode. Até agora só jogaram o que foi necessário". O amor à sua seleção, porém, não deve prevalecer caso o time laranja chegue até a final.


Robert Galbraith, enviado especial a Johanesburgo
Meio & Mensagem Online, 30/06/10


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