terça-feira, 20 de outubro de 2009

Corrida da Nike dará verba a ações sociais


Organização 'venderá' cada um dos 600 quilômetros de desafio de corrida por R$ 50; comprador terá seu nome dado à parte do trajeto

Com o objetivo de arrecadar dinheiro para projetos sociais, a Nike “colocou à venda” os 600 quilômetros da Corrida SP-RJ: desafio dos 600k, que começa nesta quinta-feira. Os interessados pagarão R$ 50 para ter seu nome em um dos quilômetros do percurso, que será a maior competição de revezamento já realizada na América Latina.

A empresa de material esportivo também doará R$ 50 para cada quilômetro vendido, podendo chegar a uma verba de R$ 60 mil. O volume arrecadado irá para a Rede Esporte pela Mudança Social, iniciativa da Nike e do PNUD que dá apoio a entidades que trabalham com o esporte. Qualquer pessoa pode comprar o direito de colocar o nome em um dos quilômetros pelo site da campanha. Segundo a gerente de negócios sustentáveis e inovação da Nike, Alice Gismonti, pelo menos 100 quilômetros da competição já têm dono. É possível fazer a compra até o dia 25, quando se encerrará a competição.

A corrida terá a largada em 22 de outubro, no Parque Ibirapuera, em São Paulo. Vinte equipes com pelo menos 12 atletas se revezando farão quatro dias de percurso até a praia carioca de Ipanema. Nos últimos 10 quilômetros, o grupo se junta a mais de 4 mil pessoas que largarão para uma nova competição, a Human Race 10k. Alice explica que o desafio São Paulo – Rio é para atletas com maior experiência, mas, nos quilômetros finais, a participação é livre.

A Rede Esporte pela Mudança Social, criada em 2007, reúne mais de 30 ONGs que trabalham com atividades esportivas, muitas ligadas a importantes atletas brasileiros. Entre as parceiras estão o Instituto Guga Kuerten, as Fundações Cafu, Gol de Letra (dos jogadores Raí e Leonardo) e Passe de Mágica (da ex-jogadora de basquete Magic Paula). “São entidades que trabalham com o esporte para o desenvolvimento humano e para a mudança social”, diz Alice.

Uma das responsáveis pela Rede no PNUD, Séfora Pearson explica que o objetivo não é a formação de atletas profissionais, mas sim atuar em áreas pobres e estimular o desenvolvimento. Ela cita uma das entidades parceiras, o Movimento Hip Hop Organizado do Ceará, que busca recuperar usuários de crack por meio do esporte. Outras redes como a brasileira foram criadas com participação da Nike também na África do Sul e no Quênia. Em novembro, os representantes africanos devem vir ao Brasil para um seminário que vai discutir os projetos sociais para o esporte.

Para participar
É possível comprar um quilômetro do Desafio 600k e doar R$ 50 à Rede Esporte pela Mudança Social pelo site da campanha.

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Dayanne Sousa, da PrimaPagina
Pnud, Boletim nº 562, 19/10/09


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