quinta-feira, 1 de novembro de 2007

A confiança como caminho para o bom desempenho

Publicado pelo Valor Online em 01/11/07

Os contratos formais estabelecem as condições básicas para a promoção da congruência de interesses entre as partes na relação entre empregado e empregador, mas para que uma organização tenha desempenho superior isso não basta. É preciso capacidade de gestão para promover a associação espontânea entre os seus membros baseada em relações de confiança para a criação de valor econômico superior. São palavras de Marco Tulio Zanini neste "Confiança - O Principal Ativo Intangível de uma Empresa".

Professor na Fundação Dom Cabral, especialista em gestão estratégica do valor intangível, cultura organizacional e ética aplicada à economia das organizações, Zanini debruça-se sobre o impacto de diferentes ambientes institucionais no comportamento das pessoas, nestes tempos de novas formas de produção baseadas no conhecimento.

"Confiança é fruto de normas e regras, formais e informais, e de valores compartilhados, que governam as interações humanas, e que, por sua vez, podem gerar níveis de cooperação espontânea de inestimável valor econômico", explica o professor. "O foco nas relações de confiança dentro das empresas nos permite analisar a capacidade gerencial de gerar motivação e cooperação espontânea no ambiente de trabalho." Por meio de padrões gerenciais baseados em valores compartilhados e princípios de justiça que promovam benefícios mútuos, as empresas podem obter vantagem competitiva e sustentabilidade.

Assim, o autor aborda conceitos e definições de confiança numa perspectiva econômica, buscando entendê-la "de uma forma mais calculada", mas sem rejeitar sua definição social ou relacional, igualmente importante.

O livro traz também a primeira pesquisa empírica realizada no Brasil que trata dos níveis de confiança dentro de empresas privadas. "Buscamos analisar confiança como elemento central dos contratos de trabalho dentro das empresas da 'nova economia', aqui conceituadas como as da indústria das tecnologias da informação e comunicação, por meio de uma análise comparativa com outras indústrias mais tradicionais", esclarece. O resultado da pesquisa, no geral, mostra um nível baixo de confiança nas empresas da Nova Economia em relação ao da Velha Economia. (Luíza Mendes Furia)


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