quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Confiança nos amigos cai com redes sociais

Pesquisa da Edelman mostra que confiança das pessoas no os amigos dizem na internet sobre uma marca diminuiu pela metade em dois anos

Uma mantra diz que as redes sociais são uma maneira de os anunciantes contarem histórias autênticas e críveis a seus consumidores, cuja confiança em CEO´s, membros do governo e analistas de mercado está abalada. Mas de acordo com o último Barômetro da Confiança da Edelman, o número de pessoas que enxergam em seus amigos e parceiros como fontes confiáveis de informação sobre uma empresa caiu pela metade desde 2008, de 45% para apenas 25%.


Para Richard Edelman, presidente da Edelman, trata-se de um sinal dos tempos. "Os eventos dos últimos 18 meses assustaram as pessoas. Elas precisam ver as mensagens em lugares diferentes e a partir de diferentes pessoas, desde experts bem como empregados da empresa e amigos", diz. "É um período de ceticismo. Então, se a companhia olha para o marketing boca-a-boca como solução, estão certas, mas ela precisa entender que esta não pode ser mais a única saída, mas sim uma parte da solução", conclui.

Os consumidores estão descrentes de modo geral. A credibilidade da TV caiu 23 pontos percentuais e radio e jornais outros 20 pontos na comparação de 2008 com 2010.
Quando perguntadas se a informação sobre uma companhia parecia crível no caso de ela ser passada por "uma pessoa como você" (o chamado americano médio) o número caiu também. Apenas 39% acreditam que as mensagens ditas por consumidores eram confiáveis, contra 45% em 2009.

Por outro lado, a figura do CEO ganhou força na confiabilidade. A estratégia de levar o líder executivo para a frente da comunicação, algo feito pela General Motors com Ed Whitacre (e pela Toyota em um momento negativo de recall, com Jim Lentz) aumentou a confiança das pessoas no CEO, de 17% em 2009 para 26% neste ano. Também ganharam confiabilidade membros do governo (22% contra 27% neste ano), analistas do mercado financeiro (46% contra 52%), ONG´s (42% contra 44%) e acadêmicos (61% contra 64%).

Ou seja, o fato de os consumidores pararem de acreditar no que seus amigos e pessoas comuns dizem em testemunhais do produto ou empresa, há implicações significativas para anunciantes e redes sociais, bem como outras plataformas de marketing boca-a-boca.

Plataformas como Facebook e Twiiter permitiram às pessoas manterem círculos de associação casual mais amplos, o que pode ajudar a diluir a credibilidade das redes. Em outras palavras, quanto mais conhecidos a pessoa tem, mais difícil de confiar nele ou nela.


Do Advertising Age
Meio Mensagem Online, 10/02/10


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