Falta de qualificação ainda é barreira ao uso da internet no Brasil
Segundo estudo da Cisco, 35% dos brasileiros afirmam que falta de conhecimento é razão para não usarem a rede de computadores
A falta de capacitação e de conhecimento sobre tecnologia foi apontada pelos moradores de países emergentes como a principal barreira ao uso da internet. A revelação faz parte da pesquisa "Cities Net Opportunities", patrocinada pela Cisco e conduzida pela consultoria Illuninas Global, cujos dados foram divulgados nesta sexta-feira (05/12). O levantamento foi realizado com moradores e empresas de cidades do Brasil, África do Sul, Argentina, México, Polônia e Rússia.
De acordo com o estudo, a falta de qualificação foi a barreira ao uso da web mencionada com mais freqüência (29%) pelos cidadãos de todos os países. No Brasil, esse número é ainda maior: 35% dos consultados afirmaram que a falta de capacitação é o motivo que mais impede o uso da internet. Já o custo do acesso à rede mundial de computadores foi citado como barreira por apenas 18% dos entrevistados no Brasil
Mesmo sem saber como usar, os entrevistados se mostram interessados na web e nos serviços que ela pode oferecer. Em geral, os cidadãos se mostram interessados em serviços governamentais ligados a emprego, educação e saúde.
Aliás, o papel do governo é bastante cobrado pelas empresas e pessoas ouvidas pela pesquisa. Para 80% das corporações e 77% das pessoas entrevistadas, o governo deveria facilitar o acesso à internet e aumentar o investimento em infra-estrutura de rede.
Segundo Paul Mountford, presidente de Mercados Emergentes na Cisco, "a pesquisa busca entender uma transição que acontece em mercados emergentes". "As (grandes) cidades são os locais em que a conectividade se espalha mais rapidamente e, portanto, onde surgem as primeiras indicações de demanda por serviços online", disse Mountford, por meio de comunicado.
No Brasil, foram ouvidas pessoas e empresas de quatro grandes cidades: São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza e Manaus. No total, foram entrevistados por telefone 1.566 cidadãos e 300 empresas. Desse universo, 59% são pessoas empregadas, 19% desempregados e 17% estudantes. No setor corporativo, 45% são pequenas empresas, 29% médias e 26% grandes.
Redação do IDG Now!, 05/12/08
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