Os impactos da crise global na agenda de sustentabilidade corporativa: um estudo de empresas líderes brasileiras
FBDS divulga estudo com 25 empresas de dez setores do Brasil
Empresas de dez setores - Energia, Serviços Financeiros, Petroquímica, Agronegócios, Papel e Celulose, Aviação, Cosméticos, Telecomunicações, Varejo, Siderurgia e Mineração - participaram do estudo, por meio de entrevistas e questionários, aplicados a executivos e gestores.
A FBDS convidou 45 empresas, das quais aceitaram 25, que atendiam a um dos critérios: Integrar a carteira do ISE Bovespa 2008; Estar entre as 20 empresas do Guia Exame de Sustentabilidade 2008; Pertencer à lista dos Top 10 da pesquisa Rumo à Credibilidade (FBDS e SustainAbility, 2008). Das 25 empresas, 40% são do setor de energia e 13% de serviços financeiros, ambos sob forte regulação.
Segundo o estudo, a crise global teve impactos reduzidos na agenda da sustentabilidade, mas para Clarissa Lins deve-se levar em conta a amostra analisada. "Há nestas empresas um compromisso com a gestão para a sustentabilidade, suportado em políticas corporativas e processos bem definidos".
Como a agenda de sustentabilidade ajudou as empresas em período de crise
Mais da metade dos executivos entrevistados afirmou que a agenda da sustentabilidade ajudou as empresas a enfrentarem os efeitos da crise. Neste contexto, as empresas perceberam valor nas práticas de engajamento, interno ou externo, como forma válida para enfrentar o momento de crise. Com efeito, 43% das respondentes apontaram o engajamento como a prática que mais contribuiu para a harmonia neste período, seja pelo fato dos stakeholders ficarem mais bem informados sobre as decisões e os rumos da empresa, seja pela credibilidade gerada por uma postura de diálogo.
Desafios para o avanço da agenda em tempos de crise e o pós-crise
Os cinco principais desafios mencionados pelos executivos para que a agenda da sustentabilidade permaneça no topo das prioridades foram: a disseminação permanente do conceito de sustentabilidade, o engajamento da cadeia de valor, o papel da regulamentação, o desenvolvimento de novas tecnologias e a incorporação da sustentabilidade no dia-a-dia dos negócios.
Há indícios de que estas empresas não vêem a crise como causadora de grandes rupturas de comportamento. Todavia, há um sentimento geral de que fatores como transparência e prestação de contas geram valor neste cenário e reforçam os laços com as diversas partes interessadas.
As apostas para o período pós-crise repousam em eficiência produtiva, energética e em investimentos em energias renováveis.
Leia aqui a íntegra da pesquisa
FBDS, 04/08/09
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